Juiz deixa toga e salário de R$ 24 mil para sair em busca da profissão ideal
Entenda o que pensa Ex-Magistrado
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Um fato inusitado aconteceu em Aragarças-GO, divisa com Barra do Garças: um juiz de 30 anos de idade que está há um ano no judiciário pediu exoneração e informou que está à procura da profissão ideal. Raul Batista Leite, que assumiu em outubro a comarca aragarcense, surpreendeu a todos ao anunciar no início do mês a sua decisão de abandonar a magistratura.
Com salário de R$ 24 mil, Raul dá adeus a uma profissão cobiçada por muitas pessoas e comentou com alguns amigos que não se identificou com a função de juiz.
Por telefone, ex-juiz que se formou em Goiânia-GO, disse que vai continuar participando de concursos públicos à procura de outra carreira. E participar de concursos públicos realmente é o forte de Raul. Antes de ser juiz, ele passou no concurso público para promotor e policial federal.
“Eu vou continuar participando de concursos”, salientou. Raul, citando que gostaria de ser professor universitário. Perguntado sobre a questão financeira, porque um professor no nível máximo (com doutorado) ganha R$ 10 mil, bem abaixo do que ele ganhava, o ex-juiz disse que dinheiro não é tudo e que a pessoa precisa se sentir bem na função.
O salário de um magistrado em Goiás gira em torno de R$ 18 mil, mais adicional pelo Eleitoral, totalizando R$ 25 mil por mês. Com o pedido de exoneração de Raul, a comarca aragarcense está sendo dirigida provisoriamente por Flávia Morais Nogato de Araújo Almeida, titular de Piranhas.
Aguarda-se a nomeação de outro magistrado para Aragarças por parte do Tribunal de Justiça de Goiás.
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93 Comentários
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Esse tem meu respeito....,
abandonar uma profissão de respeito como essa, buscada e almejada por tanta gente que não tem sequer aptidão ,mas só por esse subsídio, não é para qualquer um....só os fortes de espírito o fazem.
Parabéns a ele....
Desejo sucesso mas nem é preciso, pois humildade, sabedoria e inteligencia ele tem de sobra - com adjetivos assim consegue tudo que quiser!
Obrigada por compartilhar o texto Concurseira Determinada
boa noite continuar lendo
Concordo plenamente com a Dra. Elane Souza! continuar lendo
Sucesso na escolha! Observando que dentro da magistratura existe outras possibilidades. E o fato de ser juiz não impede que ele dê aulas em universidades. Conheço pessoas que jamais fariam prova para polícia, nem mesmo a federal. Conheço pessoas que só fazem prova para a defensoria pública. Conheço uma pessoa que quer entrar para a magistratura desde que seja para a área trabalhista, não fazendo provas para nenhuma outra área. As pessoas são diferentes e dentro da própria magistratura existe várias áreas a escolher. Lembrando que mesmo trabalhando dentro de uma área que se goste muito, uns 30% das atividades inevitavelmente será de coisas de que não se gosta. O contrário também é válido pois mesmo se trabalhando numa área que se odeia, uns 30% das atividades serão de coisas de que se gosta. Não fosse assim, a grande massa de trabalhadores que encara o que vem pela frente por pura sobrevivência entraria em colapso e enlouqueceria. continuar lendo
Uau, esse merece aplausos mesmo! continuar lendo
Dra. Elane: como sempre, muito sensível às lições da vida, como ótima advogada que deve ser. Ratifico suas palavras. continuar lendo
Concordo com você Elane Souza, mas acho que esta foi uma atitude leal do Sr Raul, pois não adianta ocupar um cargo do qual a pessoa não se identifica com mesma, o importante não é o salário e, sim a gratificação espiritual de estar onde está.
Afinal, aquele ditado antigo "dinheiro não traz felicidade".
Vejo que muitos pessoas almejam o salário alto, posição privilegiada na sociedade , mas isto não é tudo, o melhor é ser o que você realmente é e, sem se importar com o salário. Ás vezes a pessoa ganha uma fortuna pela profissão, mas é frustrada pelo que é, isto não traz gratificação alguma.
Abraços! continuar lendo
Atualmente, ninguém respeita autoridade pública ou privada. O ato do ex-Juiz pode ter outra razões, não exteriorizadas no momento.. continuar lendo
Atitude Corajosa que reflete o respeito ao cidadão que merece um serviço público de qualidade. continuar lendo
Excelente atitude de Raul Batista Leite de Aragarças-GO
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Creio também que dinheiro não é tudo na vida, mas sem ele teremos problemas certo, mas o que ele esta fazendo é de sua índole.
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A Suécia tem uma história marcada por uma longa tradição de democracia, e por um forte sentimento de igualdade entre as pessoas.
Mesmo durante o período de poder monárquico, ao lado do rei sempre existiu um parlamento, e já na Idade Média havia a participação de pessoas comuns e camponeses nas assembleias políticas, ao lado do clero e da nobreza.
Ao longo dos tempos, foi preciso lutar contra o poder do rei e os privilégios da nobreza.
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Por estranho que possa parecer a um brasileiro, existe um país onde os políticos ganham pouco, andam de ônibus, cozinham sua própria comida, lavam e passam suas roupas e são tratados por “você”.
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É esta a realidade que a jornalista Claudia Wallin descreve no livro “Um País Sem Excelências e Mordomias” (Geração Editorial, 336).
Radicada na Suécia depois de trabalhar 10 anos em Londres, Claudia registra conversas com deputados que desconhecem mordomias e o tratamento de “Excelência”, que não aumentam o próprio salário e – acreditem – não entraram na vida pública para enriquecer ou levar vantagem.
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E explica como funciona o sistema político sueco, baseado em três pilares:
- transparência,
- educação e
- igualdade.
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Por tudo isso, trata-se de uma leitura capaz de provocar vergonha e raiva no leitor e no eleitor brasileiro – dois sentimentos que podem ser um bom começo para a mudança.
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A Suécia não oferece luxo ou privilégios aos seus políticos, ao contrário do Brasil.
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Parlamentares suecos vão de ônibus para o trabalho, e viram manchete de jornal quando se atrevem a pegar um táxi com o dinheiro do contribuinte.
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Vivem em apartamentos funcionais que chegam a ter 18 metros quadrados, e onde não há comodidades como máquina de lavar – as lavanderias são comunitárias.
O ministro sueco Anders Borg, que em 2011 foi eleito pelo jornal britânico ”Financial Times” como o melhor ministro das Finanças da Europa, vive na capital em um apartamento conjugado de cerca de 25 metros quadrados.
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Nenhum deputado sueco tem direito a pensão vitalícia, plano de saúde privada nem imunidade parlamentar.
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Nenhum político sueco tem o privilégio fabuloso de poder aumentar o próprio salário.
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Parlamentares suecos trabalham em gabinetes de cerca de 15 metros quadrados, e não têm direito a secretária, assessor nem motorista particular.
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Vereadores suecos não recebem sequer salário, e não têm direito a gabinete – trabalham de casa.
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Na concepção sueca, sistemas que concedem privilégios e regalias aos políticos são perigosos.
Porque transformam políticos em uma espécie de classe superior, que não sabe como vivem os cidadãos comuns.
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Dessa maneira, conforme sublinham vários políticos suecos, cria-se uma distância entre o povo e seus representantes, o que por sua vez gera um sentimento de desconfiança e descrença da população em relação aos políticos.
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http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/sem-corrupcao-nem-mordomias-os-políticos-suecos-são-eleitos-para-servir.html
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Sds continuar lendo
Cada vez fico mais convicto que o problema é cultural, por isso a mudança é quase impossível. continuar lendo
concordo com voce continuar lendo
Apenas uma observação. A Suécia ainda é uma monarquia (Reino da Suécia), sendo que o Rei - atual, Carlos XVI Gustavo da Suécia -, cumula também o poder de Chefe de Estado (art. 5º da Constituição do Reino). Trata-se, porém, de uma monarquia constitucional parlamentarista, tal qual fora o Brasil até 15/11/1889, onde a chefia de governo é exercida pelo primeiro ministro e seu gabinete, escolhidos pelo parlamento.
Curiosamente, exemplos de honra e honestidade como o de Raul Batista Leite - citado na notícia -, são raros de se ver em Estados republicanos, nos quais via de regra irradiam-se para toda a sociedade maus exemplos que emanam dos políticos profissionais, como a corrupção (Ex.: Brasil, Argentina, Itália, França, Portugal, etc.). Já nos Estados monarquistas, honra e honestidade são virtudes que ocupam o topo da escala de valores da sociedade, sendo que tais exemplos emanam das tradições dos antepassados, incorporadas e transmitidas à sociedade pela família Real (Ex.: UK, Reino do Canadá, Reino da Austrália, Reino da Nova Zelândia, Reino da Noruega, Reino da Bélgica, Reino da Dinamarca, Reino da Espanha, Império do Japão, etc.). continuar lendo
Se nosso povo deixasse de ser corrupto, não haveria lugar melhor no mundo para se viver. Estive na Suécia e vi a frieza e escuridão que eles vivem... continuar lendo
Carlos,
Você diz que a Suécia não oferece luxos ou privilégios para os seus parlamentares.
Você acha que o Brasil oferece? Não, Carlos.
Eles tomam, Carlos. As leis são feitas para isso : garantir privilégios e manter a governabilidade do rebanho.Afinal, as leis , feitas por eles só poderiam favorece-los. Nós entramos como pretexto.
Vivemos a perfeita democracia que o capital quer: democracia, sinônimo de
governo do demo.
Se a Dilma fechasse o parlamento, não precisaríamos de CPMF.
Os 30 bilhões de déficit seriam imediatamente cobertos com a economia feita nos livrando desses parasitas.
Façamos isso hoje e amanhã seremos invadidos por tropas internacionais para garantir a "democracia na américa do sul".
Citar como exemplo o presidente do Uruguai não vale.Ele é uma exceção conveniente.
A estrutura da sociedade é piramidal e nós formamos a base. continuar lendo
A sociedade tem dificuldade de entender uma atitude dessa, estamos criando padrões e esquecendo da essência. Só alguém com tamanha sensibilidade conseguiria entender a atitude de uma pessoa que busca sua realização pessoal. Parabéns pela sua coragem. continuar lendo