Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
1 de Maio de 2024

Juiz Federal mais jovem do país dá Dicas Especiais de Estudo

Confira sua melhor dica ao final da matéria

há 9 anos

Juiz Federal mais jovem do pas d Dicas Especiais de Estudo

Nesta reportagem apresentamos aquilo que atua sobre os humanos com força quase bíblica. Falamos de exemplo. Poucos resistem a ele. Menos pelo aspecto motivacional que dele pode florescer, e mais por ele trazer, em seu próprio cerne, um caminho que, trilhado, traduziu-se em sucesso. Isso vale para todos os aspectos da vida. Na área dos concursos, não haveria motivo algum para ser diferente...

A história de nosso personagem começa em 21 de julho de 1987. Dia de seu nascimento, em Teresina, capital do Piauí. Filho único de pais servidores públicos, Pedro Felipe de Oliveira Santos teve sua origem numa típica família de classe média. Não, quando criança, o garoto não passou necessidades. Sua história não é de superação da fome, como a de tantos outros brasileiros que, partindo da base da pirâmide social, galgaram postos de destaque. Nem por isso, sua curta experiência de vida deixa de ser relevante. E de ostentar a marca da determinação. Aos 25 anos, morando em Brasília e atualmente defensor público da União, ele foi recentemente aprovado no concurso para juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Em primeiro lugar. Assim, Pedro Felipe habilitou-se para tornar-se o mais jovem juiz federal do Brasil. Feito que será efetivado em breve.

O excelentíssimo rapaz começa por contar como foi sua estratégia de preparação. Missão que teve início já há alguns anos. “Não me recordo de quantos concursos participei ao todo. E parte justamente dessa constatação a melhor contribuição que posso oferecer aos concurseiros: não há momento ideal para começar a se inscrever. Percebo que muitos colegas sempre falam: ‘Pretendo fazer concursos. Inicialmente, estudarei todos os editais por um prazo de tantos meses. Posteriormente, quando me sentir preparado, começarei a fazer as provas’. Por óbvio, cada pessoa encontrará o seu método ideal. Entretanto, se questionado o motivo pelo qual logrei tantas aprovações em um curto espaço de tempo, eu não titubearia: desde cedo, comecei a fazer muitas provas. Inscrever-se em concursos públicos e resolver, desde logo, as questões, é um excelente termômetro para detectar, concretamente, quais os pontos a melhorar e as disciplinas que demandam mais tempo de estudo. Além disso, perde-se paulatinamente o ‘medo’ de fazer provas, o que deixará o candidato mais tranquilo no tão esperado dia do teste”.

“O candidato jamais se sentirá integralmente preparado. O conteúdo é vasto. Estuda-se Constitucional, esquecem-se alguns detalhes de Administrativo; volta-se para Administrativo, esquecem-se outros temas essenciais de Direito Penal, e assim por diante. Nunca me senti 100% em nenhuma prova. Não tenho dúvidas de que isso seria humanamente impossível. No meu caso, embora aprovado em primeiro lugar, fico tenso ao me recordar de uma série de conteúdos que ainda considero não ter aprendido a contento, e que certamente serão objeto de profunda revisão até a posse... Reitero: a meta do concurseiro não é gabaritar a prova, mas simplesmente alcançar um conhecimento geral das disciplinas e obter uma boa soma de pontos, que garanta a aprovação. Não devemos ter medo de ‘dar a cara a tapa’. É preciso perder o receio da reprovação, de ser zoado pelos colegas, de decepcionar os familiares ou a si”.

Enfrentar as provas suando frio com o exíguo tempo cronometrado e sendo perturbado pelo fiscal chato. Eis um passo fundamental para chegar à aprovação. A frustração é pedra inevitável no caminho dos vitoriosos. “Não há milagres, nem segredos. Não tenho constrangimento em declarar que, para alcançar suadas aprovações, vivenciei tristes reprovações. Hoje, deito o olhar sobre a minha trajetória de concursos, que ora finda, e não tenho dúvidas do quanto as derrotas me ajudaram a crescer. E não apenas por terem tornado mais saborosa a vitória, mas decerto porque me auxiliaram a obter diagnósticos precisos dos rumos que eu deveria dar aos meus estudos. Do ponto de vista emocional, cada reprovação demanda uma virada de página e a obtenção de forças para seguir adiante - desistir, nunca! É preciso aprender a analisar fria e objetivamente cada derrota, detectando os erros, os conteúdos que demandam mais atenção e as necessárias mudanças de enfoque”, ensina, dando mais detalhes de sua rotina de concurseiro.

Minha metodologia para a prova objetiva, modelo cobrado em todos os concursos, sempre privilegiou a prática de exercícios e a análise de provas de certames anteriores, combinadas com estudos pontuais de doutrina e de jurisprudência. Somente a prática exaustiva consolida em nossa mente o conhecimento obtido nas leituras. Diariamente, destinava pelo menos metade do meu tempo de estudos para responder às questões. Posteriormente, conferia as respostas e analisava, item por item, os meus erros e acertos, elencando pontos de conteúdo que exigiam maior aprofundamento”.

O concurso para juiz tem peculiaridades. Desafios particulares. “Para a fase subjetiva, com questões de análise e sentenças, realizei um estudo específico da banca examinadora, detectando posicionamentos e temas de maior predileção. Para a prova oral, aprofundei a revisão dos temas do edital e realizei várias simulações com outros colegas candidatos. Essa última etapa é bastante especial, pois o nosso estudo, tradicionalmente, baseia-se em leituras, e não em exposições orais. Nesse sentido, não estamos habituados a nos submeter a arguições orais, o que torna essa fase mais difícil e temerosa.”

“Assumir uma função pública, de menor ou maior graduação, é colocar-se no papel de servidor da sociedade. Lidar com a ‘coisa pública’ consiste em responsabilidade não apenas legal, mas também moral. Desde que iniciei o curso de Direito, já tinha como sonho assumir uma função de carreira de Estado, atividade para a qual me sentia vocacionado, por perceber que esse seria o modo pelo qual melhor poderia contribuir para a permanente construção democrática de nosso país. Secundariamente, é claro, contaram as vantagens de praxe do serviço público, como a estrutura das carreiras, o sistema de previdência social, a estabilidade e a independência funcional”.

Exemplo de transformação pela ação da educação

O jovem faz questão de esclarecer um detalhe de sua vida acadêmica. Não é um superdotado. Portanto, seu desempenho acima da média é mesmo fruto de esforço. “Sempre procurei ser muito disciplinado nos estudos. Desde a época do colégio, já era alcunhado de ‘cdf’ ou ‘cabeção’. No entanto, sempre foram brincadeiras sadias. Nunca houve situação constrangedora ou traumatizante. Não sofri bullying. E não estava sozinho. Sempre convivi com excelentes colegas. Na verdade, éramos todos muito estudiosos. Estávamos no mesmo nível acadêmico. Não tenho dúvidas de que a convivência com alunos de excelência foi muito estimulante para mim. Guardo boas recordações desses períodos e fico extremamente feliz ao ver todos os meus amigos de infância obtendo considerável êxito profissional, em suas respectivas áreas”, festeja.

A pedido da FOLHA DIRIGIDA, Pedro dá mais algumas dicas àqueles que, têm como meta o ingresso no serviço público. “Recorro ao velho ditado do senso comum: ‘não há vitória sem luta’. O método dos aprovados é a dedicação, a disciplina, a renúncia, a perseverança e o treino exaustivo. É preciso abandonar a zona de conforto, ousar e assumir riscos. Por outro lado, deixo uma advertência: há vida fora dos estudos. Para suportar bem os anos contínuos de preparação para as provas, é fundamental manter uma boa higiene mental. Preservar programas de lazer lights, leituras paralelas extrajurídicas, atividades físicas regulares, viagens curtas entre um edital e outro... Mas, sem perder o foco nos livros. É temerária a situação do concurseiro que se aliena em relação ao que acontece fora da sua baia de estudos”, aconselha ele, que conclui.

Em termos de concursos, o nosso pior inimigo somos nós mesmos e os nossos medos bobos. Desde cedo, devemos internalizar: não há sonhos, e sim metas. Para o espírito crítico, livre e empreendedor, não há distâncias inalcançáveis, desafios intransponíveis ou metas insuperáveis. Das inquietações, façamos surgir os sonhos; dos sonhos, os planos; dos planos, as concretizações. Qualquer aprovação, ainda que pareça distante, é perfeitamente alcançável. Afinal, se vários estudantes conseguiram, por que também não poderemos lograr êxito? Trata-se de uma questão de tempo. E este é o nosso tempo!”, sentencia o jovem, com a autoridade de quem, até aqui, soube fazer-se senhor da própria história. E segue juiz de seu destino.

Fonte: Folha Dirigida (Paulo Chico)


Você sonha em ser aprovado em concurso público, mas se sente perdido e não sabe nem por onde começar? Conheça o livro com dicas e estratégias valiosas para quem vai prestar concurso disponibilizado pelo Ex-Defensor Público Gerson Aragão. Aproveite e Baixe Gratuitamente o Livro Clicando Aqui.

  • Sobre o autorAcredita na Tríade da Aprovação
  • Publicações85
  • Seguidores510
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações7552
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/juiz-federal-mais-jovem-do-pais-da-dicas-especiais-de-estudo/241895934

Informações relacionadas

Questões Inteligentes, Administrador
Notíciashá 9 anos

Exemplo de sucesso, jovem juiz inspira concurseiros por todo o país

Questões Inteligentes, Administrador
Notíciashá 9 anos

Mais jovem juiz federal do Brasil dá dicas de estudo para concursos

Gilbert Di Angellis, Advogado
Notíciashá 9 anos

Miss DF vira magistrada aos 28 anos

Presidente do TJRJ lamenta assassinato do desembargador Gilberto Fernandes

Espaço Vital
Notíciashá 11 anos

Como e quando o Itamaraty discriminou Joaquim Barbosa

18 Comentários

Faça um comentário construtivo para esse documento.

Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

Parabéns ao mais novo magistrado, que mostrou com perseverança, conquistou o seu sonho da carreira Pública. continuar lendo

Esta matéria é antiga, já vi outras notícias recentes sobre ele informando que o mesmo foi selecionado pra fazer mestrado em Havard. vejam o que diz a notícia retirada do site: http://dombarreto.g12.br/portal/?p=2726

"Pedro Felipe de Oliveira Santos, aluno antigo do Instituto Dom Barreto, acaba de entrar para seleta lista de Harvard, nos EUA, uma das mais conceituadas universidades do mundo. Pedro Felipe foi aprovado para o Mestrado em Direito Constitucional, numa seleção anual super disputada que, em 2014, teve 2 mil candidatos do mundo inteiro e apenas 170 aprovados de 70 países. Do Brasil foram dois, Pedro e um professor da USP (Universidade de São Paulo).

A sensação de sido selecionado para o Mestrado em uma das universidades mais prestigiadas do mundo traz, segundo Pedro, dois sentimentos simultâneos: orgulho e responsabilidade. “Confesso que, apesar da imensa alegria (a ficha ainda não caiu), senti um frio na barriga em face do enorme desafio que me espera. Sempre via o curso em Harvard como algo muito distante da minha realidade. Tive uma grande surpresa ao receber a carta de aceitação”.

Em 2009, Pedro formou-se em Direito na Universidade de Brasília, depois fez pós-graduação em Direito Constitucional pela União Educacional do Planalto Central e em Direito Internacional Público pela Academia de Direito Internacional da Haia, na Holanda. Na sequência, realizou ainda estudos em Análise Econômica do Direito na Universidade de Harvard. “A estadia em Harvard, para um rápido curso de extensão em 2013, foi determinante para que eu alimentasse o sonho de um dia ingressar o quadro discente da instituição. A vibe do campus, a excelência das aulas e da estrutura e o espírito de comunidade acadêmica me surpreenderam. Naquele momento, decidi que tentaria o Master of Law [Mestrado em Direito]”, afirma Pedro.

Para quem não conhece, a seleção para o Mestrado de Harvard acontece entre cerca de 2.000 candidatos do mundo inteiro. “Ela envolve a comprovação da proficiência em língua inglesa, a análise de todo o histórico acadêmico do aluno e a elaboração de textos e de projetos acerca de temas pré-definidos pela instituição (temas sobre a própria biografia do aluno e as suas expectativas pessoais e profissionais, bem como também sobre assuntos jurídicos). Foram aprovados 170 candidatos, oriundos de 70 países”, acrescenta.

Pedro Felipe também já foi o juiz federal mais novo do Brasil. Em 2013, com apenas 25 anos, ele foi aprovado em primeiro lugar no concurso público do Tribunal Regional Federal da 1ª região, do qual participaram mais de 8.000 candidatos. Pedro Felipe obteve o recorde histórico de nota final de todos os 14 concursos para a magistratura já realizados por aquela instituição, desde 1991.

Quanto aos planos para o futuro, o jovem deseja estudar e trabalhar muito. “Espero que o conhecimento adquirido no curso em Harvard possa ser utilizado para aprimorar o meu trabalho como magistrado, e que de alguma forma também se multiplique e contagie os operadores do Direito no Brasil. Muito mais do que um projeto individual, estar lá entre os poucos brasileiros que um dia conseguiram integrar a instituição me traz a responsabilidade de devolver ao meu país todo o conhecimento que lá adquiri, na forma de um trabalho incansável de aprimoramento do sistema de Justiça brasileiro. Não vou parar de estudar nunca. A justiça do Brasil está mudando pela qualificação acadêmica e ética dos que a fazem”, pontua.

Pedro Felipe é Brilhante!

- See more at: http://dombarreto.g12.br/portal/?p=2726#sthash.IedIxS1q.dpuf continuar lendo

Parabéns, muito boa história. continuar lendo

Parabéns pela seriedade. continuar lendo